Sim, eu OdeioSopa®

quarta-feira, 8 de agosto de 2007


Hoje à noite não tem luar.
As palavras saem desencontradas já há um tempo.
Não adianta verbalizar o sim nem o não. Pelo menos por enquanto.
A cabeça pensa, o corpo não obedece.
Engrenagens não se encaixam.
Me falta o mar, me falta o sol, me faltam os pés. Na areia.
Faltam as bolhas nas solas pra descontar nos passos o que o corpo segura.
Me faltam braços. Mais dois já me bastariam.
Clarice tem tido mais sentido do que onde se procura sentido pras coisas.
...já que algumas coisas não têm sentido.
Me perco nas incertezas. E nem precisa de razão.
Porque sou meio assim, tenho pressa.
Eu não soube sequer esperar pra nascer...