Despedidas...

Hoje foi dia de despedidas na loja.
Claaaaaro que teve choro (esse que vos tecla, nesses momentos, tem a mesma composição química da manteiga, quando derretida), um aperto na garganta em deixar o filho por quem lutou pra nascer, que viu nascer, que acompanhou o crescimento até a fase adulta. Toda aquela construção, cheia de detalhes, de pormenores, de minúcias... E eu lá, palpitando, observando, participando.
A partir de amanhã, parto pra uma nova "adoção". E que o céu nos proteja.

"... Não me cobro mais a necesidade de estar presente ou de agradar. Me preocupo quando posso e, quando for assim, procuro, ligo, me faço presente, como sempre, aliás. Não quero mais pra mim a obrigação de manter relações vivas; se é dessa forma, então não vale a pena.

E ficamos assim, tá combinado? Não vale só dizer que tem saudade e reclamar que eu sumi, como se minhas obrigações como amigo não estivessem sendo cumpridas. Você vai descobrir que a distância é sempre a mesma, de um lado ou de outro."

Gui, falou e disse.
Sempre me cobrei muito em ser ausente dos meus amigos, e depois de ler teu texto, o que você disse acontece muito. Tenho meus débitos com os bons amigos, mas os mais-ou-menos que me perdoem.

Um show.

Eu prefiro as imagens. Acho que sempre percebi que as imagens, os cheiros, me são como ativadores da memória de passado, de sentimentos e de sensações.
Palavras são ótimas, para quem as usa bem. São armas, são comunicação, são flecha (quase sempre) certeira. E a tênue linha que separa tudo isso, numa simples conotação, pode transformar um sim num não, um não num talvez.
Por isso, uso das imagens pra coroar o show de Maria Bethania ontem.
As palavras, deixo para quem bem as usa, como ele.
E em tempo: tudo foi um show.