Então.
Foi ótimo (foi ontem, mas Big Fish falou mais alto).
São Paulo a Maresias em 30 minutos.
Um dia de céu aberto, com poluição, mas não o suficiente pra neutralizar o turista japonês que eu carrego dentro de mim. Daqueles que vivem com a máquina fotográfica pendurada no pescoço (na verdade, disfarçada no bolso da calça). Bastou o consentimento dos demais pra começar a sessão "olha eu aqui em cima, manhê!".
E vou te dizer. Vendo de cima, São Paulo é bem interessante.
Dá uma olhada nas fotos do Flickr (aquela janelinha à direita, no topo desta página) pra você ver.

Podem ser metáforas, parábolas, contos-de-fadas, histórias fabulosas ou o que quer que seja.
Gosto da vida com temperos, com fantasias: pra que simplificar se o floreado salta aos olhos e aguça os ouvidos?
Amores possíveis, grandes aventuras, detalhes saboreados, apesar de algumas vicissitudes da vida... "... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida." Clarice Lispector, sabe?!
Tento botar pra fora o turbilhão de coisas que está na cabeça e tentar externar o que o interior vê, querer que o outro me veja como eu o vejo, querer que as pessoas entendam o que e como eu entendo; talvez seja muito o querer, muitas as expectativas.
A fantasia me (co)move. E acho difícil mudar, mesmo porque o rio ainda está longe e eu talvez seja mesmo um tolo, que não quer deixar de ser assim.
Uma hora se acerta.
Sim, sim, eu assisti Big Fish hoje. De novo.
E sim, ele causa esse efeito.
(acho que eu preciso assistir mais vezes...)